Café ajuda a diminuir risco de câncer de pele
Postada em: 18/06/2008
Fonte: Folha de Londrina - PR 24/03/2008

Há algum tempo, a fama do café como um produto terapêutico vem sendo aquecida por pesquisas científicas que visam provar seus benefícios. Recentemente, um artigo publicado no jornal da Organização Européia de Prevenção do Câncer revelou que as mulheres que consomem mais café correm menos riscos de adquirir câncer de pele. O estudo avaliou 77 mil voluntárias, durante 17 anos.

Os resultados mostraram que, em comparação com as mulheres que não tomam café, aquelas que tomaram mais de 6 xícaras por dia apresentaram redução de 30% no risco de desenvolver câncer de pele não-melanoma.

''Os pesquisadores concluíram que a cada xícara diária de café ingerida a incidência de câncer de pele não-melanômico diminuía em 5%'', diz o consultor da Consulfarma e professor de Cosmetologia, Maurício Pupo.

O câncer de pele do tipo não-melanoma é o mais comum que existe e tem como causa a exposição solar excessiva. Segundo o Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (Inca), apesar de 95% dos casos serem do tipo não-melanoma, ele apresenta altos índices de cura, devido à facilidade do diagnóstico precoce.

Mas, segundo Pupo, não é qualquer café que confere esta proteção. ''De acordo com os pesquisadores, o consumo diário de café descafeinado não foi associado com mudanças significativas no aparecimento de câncer de pele nas mulheres'', afirma Pupo.

Apesar de ser prejudicial para muitas pessoas, a cafeína pode estar por trás de alguns dos efeitos benéficos do café. A substância já é conhecida por seu poder antioxidante e antiinflamatório.

''A cafeína já é usada na forma tópica (em creme) como um potente antienvelhecimento'', diz o dermatologista Marcelo Bellini, professor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.

Bellini explica que, devido ao seu poder antiinflamatório, a cafeína é capaz de reduzir a vermelhidão da pele causada pelo sol e ainda proteger o DNA das células, inclusive contra os raios ultravioleta.

Risco de aborto
Consumir café durante a gravidez pode dobrar o risco de aborto, diz estudo publicado pela revista ''American Journal of Obstetrics and Gynecology''. Segundo a pesquisa, o consumo de café, mesmo de forma moderada, aumenta o risco de aborto, principalmente nos primeiros meses de gestação.

A ingestão de 200 miligramas de cafeína - duas ou três xícaras de café - pode dobrar o risco de aborto nas primeiras semanas de gravidez, segundo a revista.

As mulheres grávidas deveriam não tomar café pelo menos nos três ou quatro primeiros meses de gravidez, afirma o responsável pelo estudo, De-Kun Li, ginecologista da Divisão de Pesquisa da Kaiser Permanente, em Oakland, Califórnia, Estados Unidos.

O estudo de Li, realizado com mais de mil gestantes que estavam, em média, na 10 semana de gestação, consistia em perguntar a quantidade de cafeína que elas ingeriam diariamente. Segundo o especialista americano, 12,5% das mulheres que não consumiam cafeína sofreram aborto espontâneo. Entre as grávidas que ingeriram 200 miligramas por dia, as interrupções de gravidez chegaram a 24,5%.


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