Pistache protege o coração
Postada em: 09/07/2007
Fonte: Folha de São Paulo - SP 03/05/2007

Há 9.000 anos, o homem começava a desenvolver a agricultura e a se agrupar nas primeiras cidades. Na mesma época, em partes da Turquia e do Oriente Médio, o pistache já fazia parte de sua dieta alimentar. Desde então e durante milênios, a espécie vem sendo cultivada e aprimorada. Nativa da Ásia Ocidental, a pequena árvore que produz castanhas altamente valorizadas foi introduzida na Europa pelos romanos, no século 1º d.C. Atualmente, é cultivada principalmente no Irã, na Síria, no sul da Europa, no norte da África e na Califórnia (Estados Unidos).

O pistache é a semente de uma fruta seca que cresce em cachos. Quando a fruta amadurece, a concha abre em uma das pontas e expõe a semente. Com 15 milímetros de comprimento médio, é a única entre as castanhas de cor verde não só na superfície mas também no interior. A cor se deve à presença de clorofila e as variedades diferem muito neste aspecto. Algumas são mais amareladas do que verdes e outras são marfim. As verde-escuras são, no entanto, as mais valorizadas.

Sua cor única e o sabor delicado e peculiar tornaram o pistache um artigo de luxo, que chega a custar três vezes mais do que outras castanhas. É geralmente consumido tostado e salgado, em confeitos, sorvetes e doces orientais, árabes, turcos e gregos, além de enobrecer pratos à base de carne.

Semelhante à amêndoa, essa fruta oleaginosa contém quase metade das calorias da primeira. Dez unidades possuem 320 calorias, contra 600 calorias das amêndoas. De acordo com Elaine Martins Bento, nutricionista e diretora da Apan (Associação Paulista de Nutrição), o pistache é rico em lipídios, além de conter fibras, proteínas, cálcio, potássio, fósforo, magnésio e vitaminas A e do complexo B.

"É fonte de um antioxidante ligado ao fator imunológico e à regulação hormonal. Para vegetarianos, é interessante usá-lo na alimentação, por ser uma boa fonte de proteína". Ela lembra ainda que o consumo de oleaginosas está relacionado à redução de níveis do LDL (o "mau colesterol") e ao aumento do HDL (o "bom colesterol"), o que protege o coração de doenças.



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