Colesterol: O inimigo n.º 1 do coração
Postada em: 16/09/2007
Fonte: O Estado do Paraná - PR 08/08/2007

O Ministério da Saúde reserva o dia 8 de agosto para lembrar às pessoas da importância de se conhecer (e controlar) os índices de colesterol. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte em diversos países e o principal motivo é, justamente, altos índices de gordura no sangue. O colesterol alto não apresenta nenhum tipo de sintoma. “O primeiro deles pode ser o ataque cardíaco, o derrame cerebral ou até mesmo a morte”, adverte a endocrinologista Ellen Simone Paiva, do Centro Integrado de Terapia Nutricional.

Por isso, quem tem histórico de morte por infarto ou por doenças arterioscleróticas na família; é obeso; sedentário ou ingere uma grande quantidade de gorduras saturadas tem mais chances de ter colesterol alto e sofrer das suas conseqüências. Os especialistas também esclarecem que o colesterol, em si, não é uma doença, se constituindo num tipo de gordura crucial para muitos processos metabólicos do organismo, tais como a produção de hormônios e de vitamina D. Também é importante para a integridade estrutural das células.

Artéria entupida

O cardiologista Paulo Roberto Rossi explica que o colesterol é produzido no fígado e transportado para todo o organismo pelo sangue. O colesterol com alta densidade de lipoproteínas (HDL) que permanece no sangue até ser eliminado é conhecido como o bom colesterol. Já o de baixa densidade (LDL) é conhecido como o mau colesterol. “Este é o responsável pela formação de depósitos de gordura nos revestimentos das artérias”, frisa o médico.

Com o passar do tempo, esse estreitamento reduz o fluxo de circulação para o coração, podendo levar ao ataque cardíaco ou ao derrame. “Principalmente, quando o colesterol elevado vier acompanhado de outros fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, estresse, sedentarismo e tabagismo”, observa Rossi. No entanto, os médicos reconhecem que por meio de ações simples, como uma dieta prudente, exercício regular e o uso de alguns medicamentos, a situação pode ser revertida.

Equilíbrio

Foi o que aconteceu com o analista de sistemas Fernando Rocha, que, aos 44 anos de idade, após passar por um susto, quando começou a sentir falta de ar e dores no peito, orientado pelos médicos, abandonou a vida desregrada que levava. Hoje, não fuma, pratica exercícios regularmente e se alimenta saudavelmente. “Meu coração está zerado”, comemora.

Conforme Ellen Paiva, muitas pessoas já nascem geneticamente predispostas e produzem colesterol em grande quantidade. Assim, mesmo que conseguissem eliminar toda a substância de suas dietas, não diminuiriam seus índices e precisariam de medicação para fazer esse controle. “O equilíbrio entre medicação, dieta e exercícios fazem toda a diferença na vida de quem tem colesterol alto”, reconhece a médica.

O colesterol alto não é prejudicial apenas para o coração. A gordura pode ficar acumulada em qualquer ponto do sistema circulatório, ocasionando uma série de doenças, pois ao serem oxidadas, suas moléculas estimulam o início da formação das placas ateroscleróticas. “Elas ‘endurecem’ as artérias e podem se romper, provocando infarto agudo do miocárdio, disfunção erétil e acidente vascular cerebral (AVC)”, enumera o cardiologista do Hospital Ecoville, José Antônio da Silva.

Para reduzir o colesterol

* Conhecer a sua taxa de colesterol

* Limitar o consumo de alimentos com gorduras saturadas

* Abusar das frutas e verduras

* Consumir grãos integrais

* Preferir peixes, carnes magras e frango sem pele

* Leite? Só desnatado

* Praticar exercícios físicos regularmente

* Fugir do cigarro, do álcool e da obesidade



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