O consumo de frutas e verduras sempre foi entendido como um aliado da boa saúde. Na última semana, uma pesquisa publicada na revista The American Journal of Clinical Nutrition revelou que comer estes alimentos em fartura pode reduzir em 30% o risco de morte por câncer, doenças cardiovasculares e obesidade.

O estudo, do Instituto Catalão de Oncologia (ICO), foi feito com mais de 41 mil pessoas, em diferentes cidades da Espanha, ao longo dos últimos 10 anos. Durante uma década, os pesquisadores observaram os hábitos de consumo dos participantes do estudo, com idades entre 30 e 69 anos e residentes nas regiões espanholas de Astúrias, Guipúzcoa, Navarra, Granada e Murcia.

Os resultados do estudo determinam haver relação direta entre o maior consumo de vegetais e frutas e a menor mortalidade. As pessoas que consomem mais frutas e verduras têm menos risco de morrer de câncer, patologias cardiovasculares, complicações respiratórias e diabetes.

Metade dos participantes ingeria uma média de 224,2 gramas de verdura (um prato de verduras ou de salada) e 275,8 gramas de fruta (duas ou três) por dia. Após cruzar os resultados em função da idade, do sexo, dos estilos de vida e da alimentação, os pesquisadores encontraram uma relação direta entre o maior consumo de vegetais e uma menor mortalidade.

Segundo o estudo, os alimentos que proporcionam mais benefícios são aqueles que têm sementes, como o tomate, o pepino ou o pimentão. Caso uma pessoa ache difícil consumir um mínimo de 500 gramas por dia, é recomendável ingerir pelo menos um prato com vegetais e uma fruta em sua dieta diária.

- É preciso conscientizar a população sobre a necessidade de comer bem, fazer exercício e reduzir a obesidade, que é um fator de risco para o câncer, assim como o fumo - disse o pesquisador Carlos González.

Além da pesquisa sobre frutas e verduras, a equipe de Carlos González comprovou também que a fibra encontrada em cereais previne o câncer gástrico. Foi detectado que quem consome uma alta quantidade de fibras dos cereais tem 30% menos riscos em comparação ao resto da população de desenvolver esse tipo de câncer.