Chia aumenta sensação de saciedade e acelera atividade intestinal.
Postada em: 11/08/2012
Fonte: DIARIO CATARINENSE - SC

Pesquisa realizada pela Univali comprovou benefícios da semente. Semente originária do México, a chia entrou recentemente no cardápio brasileiro como opção de alimento saudável. Para testar as propriedades da semente, considerada rica em proteínas, vitaminas, minerais, ômega 3 e fibras, além de conter alto poder de saciedade, alunos do curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) realizaram pesquisas sobre a chia com ratos e encontraram resultados expressivos. — Os resultados foram surpreendentes. Além de acelerar o metabolismo, a Chia faz uma varredura no intestino levando o excesso de açúcar e a gordura que são prejudiciais ao organismo — diz a professora Sandra Soares Melo, doutora em ciência dos alimentos e coordenadora da pesquisa. Segundo ela, os resultados indicaram que, em função da sensação de saciedade, houve diminuição de 20% do consumo alimentar. Também foi constatado melhor funcionamento do fígado e equilíbrio das taxas de colesterol, com diminuição de 11% do colesterol ruim, redução de 74% de triglicerídeos e aumento de 10% do colesterol bom. Outro benefício percebido no consumo da Chia foi aumento de 150% de excreção fecal, mostrando que esse alimento pode ser uma alternativa no tratamento de pessoas que sofrem de intestino preso. Na pesquisa, os ratos receberam uma dieta hipercalórica, rica em gorduras (amendoim, chocolate hidrogenado e bolacha maisena), que simulou uma alimentação à base de fastfood. A sensação de saciedade ocorre porque em contato com a água a Chia aumenta de volume e ganha a consistência de gel. Os pesquisadores controlaram os dados de peso corporal, consumo alimentar, ingestão hídrica e excreções urinária e fecal. Não foi percebida nenhuma alteração hepática ou reação adversa. Segundo Sandra Melo, incluir a Chia na alimentação é fácil, já que ela não tem sabor. A nutricionista aconselha o consumo diário de duas colheres de Chia, que podem ser misturadas em salada de frutas, iogurte e sopas. Além de auxiliar na redução do consumo alimentar, a semente enriquece a alimentação com uma porção a mais de proteína, minerais, vitaminas e fibras. O estudo teve a colaboração da professora Luciane Coutinho de Azevedo, doutora em neurociências, e a participação do técnico Bruno Gern, do Laboratório de Nutrição Experimental (Lanex).

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