Tomate, castanhas, chocolate, azeite e linhaça ajudam a proteger o coração.
Postada em: 08/10/2011
Fonte: G1

Chocolate amargo, amendoim, azeite, vinho, abacate e alguns tipos de margarina podem, a princípio, parecer alimentos muito gordurosos, mas se consumidos com moderação são capazes de beneficiar o coração e até aumentar a longevidade. Esses “cardioprotetores”, como são conhecidos, têm o poder de reduzir o mau colesterol (LDL), os triglicérides, a pressão arterial e o peso, além de evitar o endurecimento das artérias. Também contribuem para melhorar o colesterol bom (HDL) e controlar a circulação sanguínea, o que previne coágulos e derrames. Para explicar o assunto, o Bem Estar desta terça-feira (20) recebeu o cardiologista Roberto Kalil e a nutricionista Renata Alves, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelam que uma em cada cinco pessoas no mundo tem o colesterol alterado. A entidade recomenda que pacientes de risco tenham no máximo 100 miligramas de LDL por decilitro de sangue. Já o número desejável de HDL é de 40. O limite total para indivíduos em geral não deve passar de 200 mg/dl. Uma pesquisa realizada pelo Dante Pazzanese com 50 pacientes em tratamento mostrou que a maioria até conhece alguns dos alimentos bons para o coração, mas não sabe qual a quantidade diária recomendada. Já os que receberam informações sobre os benefícios da inclusão desses itens na dieta melhoraram a qualidade de vida. Todos afirmaram saber de pelo menos um alimento (de uma lista de 17) indicado para cuidar do coração, mas desconheciam os efeitos positivos da maioria. Tipos de gorduras As gorduras consideradas ruins, como as saturadas (encontradas principalmente em alimentos de origem animal, como carnes gordas, pele de aves, leite integral e derivados) e as trans (presentes em alguns alimentos industrializados, como sorvetes, margarinas, biscoitos e macarrão instantâneo), são as principais responsáveis pelo aumento do colesterol ruim, que leva as partículas de gordura até a parede dos vasos sanguíneos, onde se depositam e podem provocar um entupimento e um consequente infarto do miocárdio. Mas existem também as gorduras benéficas, como as insaturadas, que se subdividem em monoinsaturadas e poli-insaturadas e, quando consumidas em quantidades adequadas, podem ajudar a reduzir o LDL. Alguns exemplos desse tipo de gordura boa são os óleos vegetais (azeite, soja, canola, girassol ou milho), as oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas, etc), as sementes oleaginosas (gergelim, linhaça, girassol, abóbora, etc), o abacate, a azeitona e peixes como salmão, atum, truta, anchova e sardinha. Outros alimentos Alho: Tem compostos sulfurados, nutrientes que reduzem a pressão arterial e impedem que o colesterol grude nas paredes das artérias. Cebola: Diminui a formação de placas de gordura que causam a obstrução dos vasos sanguíneos. Suco de uva integral e vinho tinto: Têm resveratrol, substância da casca da uva roxa que retarda o processo de envelhecimento de vários tecidos, como o cerebral, o muscular e o cardíaco, em especial. O resveratrol também aumenta o bom colesterol (HDL) e diminui o ruim (LDL), além de ser um potente vasodilatador, que, ao relaxar as artérias, melhora a circulação sanguínea. Aveia: Em farelo, é a que tem maior teor de betaglucanas, componentes da fibra alimentar solúvel que auxiliam no controle do colesterol e da glicemia. O consumo regular também está relacionado à diminuição da formação das placas de gordura no sangue, que levam a doenças cardiovasculares como arteriosclerose, infarto e derrame. Laranja, morango, kiwi e goiaba: Essas frutas têm um ingrediente essencial ao coração: vitamina C, poderoso antioxidante que reforça a parede das artérias, por combater a formação das placas de gordura. Abacate: Rico em gordura monoinsaturada, ajuda a aumentar os níveis do colesterol bom e remover o ruim. Além disso, é rico em triptofano, aminoácido precursor da serotonina, neurotransmissor que promove sensação de bem-estar.

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