Problemas cardíacos podem ser prevenidos ainda no útero
Postada em: 06/10/2008
Fonte: Correio da Bahia - BA 10/06/2008

A prevenção de doenças cardíacas pode ser iniciada ainda durante a gestação, conforme atestam especialistas. Segundo o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o cardiologista Armênio Guimarães, mães que sofrem com complicações durante a gravidez têm mais chances de ter filhos com fatores de risco para desenvolver cardiopatias.

Crianças que nascem com baixo peso ou com peso excessivo têm maior probabilidade de desenvolver hipertensão arterial e obesidade, dois dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. “É necessário que as mães façam o pré-natal completo, começando o acompanhamento desde o início da gravidez. O problema é que ainda existem muitas mulheres que só fazem a avaliação no fim da gestação. Isso é um erro”, avalia o cardiologista.

Armênio Guimarães explica ainda que a saúde do bebê também pode ser comprometida nos casos em que as mães sofrem de hipertensão ou aumentam muito de peso durante a gravidez. Outro fator de grande risco é a diabete gestacional, que faz com que muitos bebês nasçam prematuramente.

Obesidade infantil - Crianças podem apresentar os sintomas de risco para as doenças cardiovasculares ainda na infância ou adolescência, com quadro de pressão alta e obesidade, conforme alerta o cardiologista. Segundo ele, 60% das crianças obesas viram adultos obesos e pesquisa realizada em Salvador mostra que 20% das crianças estão acima do peso ideal. O cardiologista ressalta, no entanto, que os problemas cardíacos podem aparecer também em crianças que têm peso normal.

“Muitas pessoas se enganam quando pensam que os problemas cardíacos só se manifestam na fase adulta. Se a criança apresentar excesso de peso e emagrecer na adolescência, pode voltar a engordar quando adulta”, salienta. O médico alerta ainda que hábitos pouco saudáveis de crianças e adolescentes estão antecipando doenças comuns a adultos e idosos. “Alimentação inadequada e sedentarismo são dois dos principais fatores que têm contribuído para aumentar os riscos à saúde do coração em jovens”, ressalta.



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